A Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Fundo
de População das Nações Unidas (UNFPA), Programa Conjunto das Nações para o HIV
e Aids (Unaids), e a Rede Global de Projetos Sobre o Trabalho Sexual,
desenvolveram novas diretrizes para proteger melhor os trabalhadores e
trabalhadoras do sexo do vírus HIV e de outras doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs).
Esta população é considerada vulnerável às DST/aids por conta
do grande número de parceiros sexuais, más condições de trabalho e barreiras na
negociação do uso contínuo do preservativo. Além disso, trabalhadores do sexo
normalmente têm pouco controle sobre esses fatores por causa de sua
marginalização social e da criminalização dos ambientes em que trabalham.
Segundo o documento, o uso excessivo de álcool e outras drogas, assim alguns
tipos de violência, podem agravar ainda mais as chances de infecção.
“O risco de um trabalhador do sexo se infectar com o HIV e
outras DSTs é muito maior do que em outras pessoas”, disse Gottfried
Hirnschall, diretor do Departamento de HIV/Aids da OMS.
O objetivo do documento Prevenção e tratamento do HIV
e outras doenças sexualmente transmissíveis para trabalhadores do sexo em
países de baixa e média renda é dar recomendações técnicas sobre
programas eficazes para a prevenção e tratamento do HIV e outras DSTs entre
profissionais do sexo e seus clientes.
Prevenir a infecção entre profissionais do sexo tem o
potencial tanto de melhorar a saúde individual dos trabalhadores como de
diminuir a transmissão de HIV e DSTs em populações maiores. De acordo com o
documento, ações já realizadas em países como o Brasil, India, Quênia e
Tailândia tiveram sucesso, reduzindo a transmissão de DSTs em profissionais do
sexo através do aumento do uso de preservativo, levando a melhores resultados
de saúde para os trabalhadores do sexo e controle rápido da epidemia.
As novas diretrizes da OMS recomendam que os países trabalhem na descriminalização do trabalho sexual e pede que as nações melhores o acesso aos serviços de saúde dos profissionais do sexo. Eles também delineam um conjunto de ações para capacitar os trabalhadores do sexo e enfatizam que o uso correto do preservativo e consistente pode reduzir a transmissão entre os trabalhadores do sexo feminino, masculino e transgêneros e seus clientes.
As novas diretrizes da OMS recomendam que os países trabalhem na descriminalização do trabalho sexual e pede que as nações melhores o acesso aos serviços de saúde dos profissionais do sexo. Eles também delineam um conjunto de ações para capacitar os trabalhadores do sexo e enfatizam que o uso correto do preservativo e consistente pode reduzir a transmissão entre os trabalhadores do sexo feminino, masculino e transgêneros e seus clientes.
As evidências indicam que onde os trabalhadores do sexo são capazes de negociar sexo seguro, o risco de HIV pode ser drasticamente reduzido. As diretrizes chamam para um rastreamento periódico voluntário e tratamento de DSTs para profissionais do sexo, tanto para melhorar a sua saúde como para controlar a propagação do HIV e DSTs.
De acordo com a OMS, as diretrizes baseadas em evidências são
projetadas para uso por funcionários nacionais de saúde pública e gestores de
programas de Aids e DST, organizações não governamentais, incluindo comunidade
e organizações da sociedade civil e trabalhadores de saúde. Essas orientações
também podem ser de interesse para as agências internacionais de financiamento,
a mídia científicas e políticas de saúde.