A epidemia da AIDS teve início na década de
80, e faz parte de nossa rotina até os dias atuais. Hoje no Mundo são
33.300.000 milhões de casos de AIDS, no Brasil temos 592.914 casos notificados,
de acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de 2010.
Cerca de 40 mil novos casos são notificados por ano no nosso país, e
sete mil casos por dia no mundo, porém, esse número pode ser bem maior, se
incluirmos os casos que ainda não foram diagnosticados ou notificados.
Vale lembrar que a maioria dos casos notificados no Brasil está na região
sudeste com 58% dos casos totais do país, isso acontece, porque é no Sudeste
que está a cidade de São Paulo, a maior metrópole da América Latina, com o
maior centro comercial; é no Sudeste também que está a cidade do Rio de
Janeiro, que é a praia mais visitada do país, com um imenso número de turistas
de diversas partes do mundo.
Atualmente,
há ainda mais casos em homens que em mulheres, mas essa diferença vem
diminuindo ao longo dos anos. No Brasil em 1989, havia 6 casos de AIDS no sexo
masculino para cada 1 em mulheres, hoje essa diferença está em 1,5 casos em
homens para 1 em mulheres, esse número vem mudando devido as mudanças no
comportamento sexual feminino, hoje em dia, as mulheres, estão com a vida
sexual ativa cada vez mais semelhante a dos homens e também conquistaram sua
independência financeira.
A faixa etária de maior número em ambos os sexos, é de 20 a 59 anos de idade,
isso porque é nessa faixa etária que homens e mulheres estão mais sexualmente
ativos. Nos dias atuais, no Brasil, temos entre homens 42% dos casos
registrados entre relações heterossexuais, 19,7% em relações homossexuais e
7,8% em relações bissexuais, com esses dados vemos que o preconceito que existia
no início da epidemia contra os homossexuais não tem fundamento algum nos dias
atuais, hoje com mais informações vemos que essa doença não prevalece entre os
homossexuais, pois um elevado número dos que contraíram a doença, é devido a
outros modos de transmissão e não por meio de relação sexual desprotegida,
levando a acreditar que essa epidemia não é exclusiva deles.
Em mulheres, de acordo com o boletim epidemiológico 2010, a AIDS está
relacionada majoritariamente em 91,7% à categoria heterossexual. Em se
tratando em faixa etária, o número de idosos de 60 anos ou mais contaminados
vem aumentando consideravelmente, nessa faixa etária verifica-se um aumento
importante dos casos de AIDS em ambos os sexos, os dados do boletim
epidemiológico nos mostra que os casos de AIDS nessa idade subiram de 394 casos
em 1999, para 938 casos em 2009 no sexo masculino, e no feminino subiu de 191
casos em 1999 a 685 casos em 2009, Com esses dados, concluísse que, os idosos
estão mais sexualmente ativos devido a melhor qualidade e expectativa de vida.
A taxa de casos em menores de 5 anos vêm diminuído desde 2002, passaram
de 6,2 casos para 3 casos a cada 100000 habitantes. Em relação à
etnia/cor, no ano de 2009 foram notificados 9.942(47,7%) casos na etnia branca,
7.454(35,4%) na parda, 2.290(11%) na preta, 103(0,5%) na amarela, 53(0,3%) na
indígena, vemos que os índios, apesar de poucos casos, também estão sendo
contaminado com a AIDS, isso devido ao maior contato com a população branca.
Em 30 anos, a AIDS ganhou novos caminhos, por outro lado, de acordo com
Varella*, a contaminação por transfusão sanguínea praticamente foi eliminada, o
número de infectados por usuários de drogas caiu e a transmissão de mãe para
filho ainda no útero, no momento do parto ou pelo aleitamento materno foi
reduzida deforma significativa. Entretanto, o numero de mulheres, de idosos e
de jovens iniciando sua vida sexual que contraíram o vírus aumentou de forma
assustadora.
Concluísse que a AIDS está diretamente relacionada a indivíduos que tem
comportamento sexual de risco, ou seja, muitos parceiros e nenhuma proteção e
não com a orientação sexual, como se acreditava no início da epidemia, na
década de 80. A AIDS é uma epidemia a nível mundial, com resultados
assustadores, tanto na saúde como na vida de uma pessoa portadora do vírus, por
esse motivo, é importantíssimo à prevenção, afinal, “A vida é mais forte que a
AIDS”, ou pelo menos deveria ser.
Apesar dos inúmeros esforços na busca pela vacinação e cura do AIDS, e com o
emprego de potentes antivirais que combate a replicação viral e diminuindo os
estragos causados pelo vírus e prolongando a vida dos milhares portadores, não
devemos baixar a guarda e deixar a prevenção de lado. Como diz Varella*, a AIDS
deve ser mais do que tratada, deve ser evitada.